APRESENTAÇÃO


Este site foi criado para disponibilizar material didático aos professores do Esquema I - Centro Paula Souza, nas disciplinas Metodologia de Ensino e Currículos da Educação Profissional.

Aqui você encontrará uma série de textos, experiências e propostas de recursos para serem utilizados no dia a dia sempre dinâmico da sala de aula.

Como no ensino-aprendizagem não há receitas e o ensinar é sempre um constante desafio, ficam aqui registradas as muitas vivências de diversos profissionais.

Agora nossos estudos estarão voltados para a Gestão Escolar, assunto importantíssimo para todos.

Espero que gostem !

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

A REDAÇÃO DO CURRÍCULO E A ÉTICA

Você é um ótimo líder em potencial e encontrou a oportunidade ideal para tornar isso realidade. Quanto você pode “embelezar” seu currículo para demonstrar ser um candidato forte, sem ultrapassar o limite ético?

Considere algumas reflexões conflitantes:
- mais de 50% das pessoas mentem nos seus currículos, nos Estados Unidos.

- um blog do monster.com, que fala dos perigos de mentir no currículo, listou 60 comentários de pessoas, à procura de emprego, recomendando que se minta, e apenas 46 desencorajando a ação. Os primeiros justificam sua posição alegando que todo mundo faz isso, inclusive as empresas, em relação aos requisitos que a vaga exige, o que torna mais difícil se encaixar no perfil procurado.

- executivos que são flagrados mentindo em seus currículos freqüentemente perdem seus empregos. Nos Estados Unidos, existem exemplos conhecidos em empresas como Radio Shack, MIT, Notre Dame, and Herbalife.

Se você está lendo este artigo, provavelmente não se sente tentado em forjar um currículo por completo. Mas o que você pensa sobre os itens listados a seguir?

- reivindicar para si um feito que não lhe foi creditado, embora tenha de fato sido a peça mais importante para alcançá-lo.

- citar um cargo exercido “mais importante” que aquele que realmente exerceu, pelo fato de que, na prática, você realmente o exercia, embora nos registros ocupasse uma posição inferior.

- inflacionar o número de pessoas ou funções com as quais tinha responsabilidade direta, por ter efetivamente tido que lidar com elas de maneira influente.

A isso chamamos “racionalização”, ou seja, elaborar justificativas para afirmações que no fundo acredita serem frágeis. Criando impressões enganosas mas justificando esse ato, você, em função dos fins, cria uma névoa sobre o que é certo ou errado. As racionalizações são traiçoeiras porque faz você enganar a si próprio e a acreditar na própria maquiagem elaborada.

Então... qual é a linha divisória entre certo e errado? Você precisa delimitar essa fronteira para você mesmo. Segue aqui alguns testes para manter suas reflexões claras:
- coloque-se no lugar do outro: como você se sentiria se fosse o contratante?

- você se sentiria da mesma maneira se o que você relatou fosse divulgado na primeira página do jornal mais importante do país ou até mesmo numa newsletter interna da empresa?
Você pode estar pensando: “Não é bem assim. Meu currículo não passaria por esses testes, mas há algo real naquilo que reivindico como realizações profissionais e não quero vender uma imagem irreal inferior.”

Quando estiver em dúvida, pergunte a um ex-chefe. Talvez isso seja difícil de fazer, mas traz muitos benefícios. Exatamente porque é difícil, força você a pensar claramente e, algumas vezes, de maneira criativa. Perguntar também verifica quão precisas são suas afirmações, treina seu antigo dirigente no que deve ser confirmado como informação verídica caso seja contatado, além de permitir que ele faça sugestões sobre como você pode vender melhor sua imagem.

Recentemente, um ex-VP de uma das minhas novas empresas perguntou-me se ele poderia colocar em seu currículo que tinha sido co-fundador dela, mesmo tendo se juntado a nós nove meses depois que ela tinha sido aberta. Por conta dos meses que ficou sem receber salário e de seu comprometimento similar a de um co-fundador, eu entusiasmadamente concordei. Mas se ele tivesse se juntado à empresa alguns meses mais tarde ou começado a receber salário alguns meses mais cedo, não concordaria.

O que você pensa disso? Há algum momento em que “embelezar” o currículo é legítimo?

Clinton D. Korver é CEO da DecisionStreet e um dos sócios da Decision Quality International, empresa de treinamento de executivos.
Fonte: Harvard Business Review – maio de 2008

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